SEÇÃO DE GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR


ANGIOGÊNESE: O GATILHO PROLIFERATIVO

Mauro de souza leite Pinho1

1Hospital Municipal São José, Joinville, Santa Catarina, Brasil


PINHO MSL. Angiogênese: O Gatilho Proliferativo. Rev bras Coloproct, 2005;25(4): 396-402.

RESUMO: Os grandes avanços ocorridos na área da biologia molecular têm possibilitado uma melhor compreensão dos mecanismos de carcinogênese. Dentre estes, destaca-se a angiogênese como o processo através do qual as células tumorais estimulam a formação dos novos vasos sanguíneos necessários para o fornecimento dos nutrientes essenciais para seu crescimento acelerado. Sabe-se hoje que a angiogênese resulta da liberação local pelo tumor de algumas proteínas com ação estimuladora para o desenvolvimento vascular, como o fator de crescimento fibroblástico básico (bFGF), a ciclo-oxigenase 2 (COX-2) e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF). Sucessivos estudos têm demonstrado uma significativa correlação entre os níveis séricos e teciduais destas proteínas e as características clínico-patológicas de diversos tumores, incluindo o câncer colorretal. Como conseqüência direta destes achados, a terapia anti-angiogência, baseada na inibição destas moléculas, representa hoje uma das mais promissoras linhas de estudo em oncologia, em especial através do desenvolvimento de drogas baseadas em anticorpos monoclonais, como bevacizumab, cujos estudos clínicos iniciais realizados no tratamento do câncer colorretal têm demonstrado resultados altamente promissores, apresentando melhoras significativas nos índices de resposta tumoral e sobrevida dos pacientes.

Descritores: Cancer colorretal, angiogênese, biologia molecular

Introdução
Sabemos hoje que, para que uma célula evolua de seu estado normal até assumir as características de uma célula neoplásica, é necessária a ocorrência de uma série de mutações, envolvendo genes que expressem proteínas cuja ação esteja relacionada ao controle do ciclo celular. Caso esta ação seja no sentido de estimular a divisão celular, estes genes são genericamente denominados como oncogenes e caso tenham por função inibi-la serão considerados como genes supressores de tumor. Seja por função anormalmente exacerbada dos oncogenes ou por inibição dos supressores, o resultado será a obtenção de uma célula que apresentará um ganho proliferativo em relação às demais, tornando-se insensível aos estímulos apoptóticos 1-4.
    Entretanto, aparentemente isto não é suficiente para que esta célula dê origem a um tumor com volume detectável e capaz de ameaçar a vida do indivíduo. Para que um determinado grupo de células consiga manter um crescimento sustentado é necessário que exista uma fonte de suprimento sanguíneo específico e constante.
    Há muitas décadas foi percebido que os tumores apresentam uma vascularização bastante proeminente em relação aos tecidos normais. Estes achados foram sempre considerados como uma conseqüência do processo inflamatório decorrente das áreas focais de necrose existentes na massa tumoral.
    Existem suficientes evidências hoje de que na verdade a presença desta vascularização exacerbada é uma condição essencial para que ocorra o desenvolvimento neoplásico. Isto se deve ao desenvolvimento de microvasos a partir de células endoteliais pertencentes a capilares situados próximos às células neoplásicas.
    Embora os capilares sejam um tipo de tecido universalmente presente em nosso corpo, sendo sua extensão estimada em uma camada monocelular que cobriria uma quadra de tênis inteira (equivalente a 1000 m2), são estes formados por células endoteliais que podem ser consideradas entre aquelas que apresentam um baixo ritmo de divisões celulares entre as demais células do corpo, com um ciclo proliferativo que compreende centenas de dias, enquanto as células epiteliais, por exemplo, podem se dividir até duas vezes ao dia.
    Assim sendo, a presença de um crescimento vascular acentuado em um tecido tumoral demonstra dois aspectos bastante relevantes. O primeiro deles é a existência de um forte estímulo para estas células endoteliais, capaz de alterar seu estado proliferativo normal. O segundo é a natureza local deste estímulo, uma vez que tal proliferação irá ocorrer apenas no segmento adjacente ao surgimento de um diminuto clone de células neoplásicas. A este crescimento vascular localizado denominamos angiogênese.
    Grande parte do mérito referente ao atual estado de conhecimentos sobre a angiogênese deve ser atribuída a Judah Folkman 5-6, o qual propôs no princípio da década de setenta a importante participação do desenvolvimento de microcirculação no processo de crescimento tumoral. Já naquela época, Folkman antecipava o futuro ao sugerir que uma importante linha de estudos na terapêutica antineoplásica estaria relacionada ao desenvolvimento de técnicas capazes de bloquear o surgimento desta neovascularização, a fim de impedir o crescimento tumoral.

Fase Pré-Vascular da Expansão Tumoral
Cerca de 95% dos tumores malignos humanos são carcinomas que se originam como diminutas lesões in situ que podem ser encontradas em epitélios como pele, mucosa gastrointestinal, bexiga, próstata, mama ou colo uterino, podendo permanecer sem sinais evidentes de crescimento durante anos. Estudos demonstram que durante esta fase as células neoplásicas poderão já apresentar uma atividade proliferativa aumentada, não ocorrendo, no entanto, um aumento do volume tumoral devido ao mecanismo compensatório representado pela apoptose celular.
    No caso particular do câncer colorretal, este mecanismo se torna ainda mais evidente devido à elevada incidência de lesões neoplásicas intramucosas, também denominadas como pólipos adenomatosos, os quais provavelmente em sua grande maioria permanecem durante muitos anos com crescimento virtualmente inexistente. Em alguns casos, no entanto, estes pólipos podem evoluir para um comportamento biológico mais agressivo, com crescimento rápido, com invasão da parede intestinal e tecidos vizinhos.
    Numerosos estudos realizados ao longo das últimas duas décadas demonstraram fortes evidências de que esta modificação do padrão de crescimento tumoral é dependente do desenvolvimento de uma neovascularização específica, a qual ocorre em decorrência de diversos fatores locais estimulantes da angiogênese como a hipóxia e a elevação de CO2 ou óxido nítrico (Figura-1) 7-8 .

 
Figura 1 - Estímulos tumorais à angiogênese. (Adaptado de Miller K in Disrupting VEGF signaling,Astra Zeneca, 2002.


 

Proteínas Relacionadas à Angiogênese
A presença dos fatores locais acima citados irá desencadear um processo de liberação de diversas proteínas, as quais atuam no processo de angiogênese e de sua ação estimulante sobre o tecido neoplásico (Figura-2). Estudos realizados utilizando o fator de crescimento fibroblástico básico (bFGF) 9-11 demonstraram que, além de uma elevada ação oncogênica, contribuindo para a transformação de fibroblastos normais em neoplásicos, esta proteína apresentava ainda uma grande capacidade de estimular o processo de angiogênese, sendo ambos revertidos após sua inativação pela adição de um anticorpo.

 
Figura 2 - Etapas da andiogênese. (Adaptado de Martin FS, in Bishop JM, Weinberg RA, 1996. Scientific American Molecular Oncology. Scientific American Inc: New York, p 29.)



    Estudos semelhantes identificaram outra proteína com potente ação angiogênica denominada como fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), considerada de importante ação mitogênica sobre células endoteliais 12-17 , a qual é hoje relacionada a uma importante linha de terapêutica antineoplásica, como veremos adiante.
    Ao contrário da ciclo-oxigenase-1 (COX-1), a qual é uma enzima usualmente expressa em tecidos normais e envolvida em diversas funções celulares, a ciclo-oxigenase-2 (COX-2) é uma proteína expressa como resposta à presença de mediadores locais liberados em conseqüência de vários estímulos, fazendo parte de uma resposta inflamatória a estes. Além disto, diversos estudos demonstram que sua expressão nos tecidos colorretais está associada a fatores angiogênicos e formação de novos vasos no processo de carcinogênese 18-21 .
    Posteriormente a estes agentes considerados como angiogênicos, foram identificadas algumas proteínas capazes de exercer ação oposta, como a angiostatina e a endostatina, as quais inibiriam a angiogênese ocorrida nos modelos experimentais acima citados 22-23. É interessante notar que a ação inibidora destas proteínas restringe-se apenas à atividade angiogênica conseqüente à presença de tecido neoplásico, não exercendo qualquer influência negativa sobre a atividade proliferativa de células endoteliais normais.

Angiogênese e Metástases
Existem fortes evidências de que a angiogênese esteja relacionada não apenas ao crescimento tumoral, desempenhando ainda uma importante ação no processo de formação e desenvolvimento de metástases. Estudos experimentais demonstram ser bastante infrequente a formação de metástases a partir de tumores primários antes do desenvolvimento de neovascularização, ocorrendo no entanto após esta uma facilitação da migração de células neoplásicas através da circulação sanguínea. Suportando estes achados, diversos autores referem uma correlação positiva entre a microdensidade vascular e o risco de desenvolvimento de metástases em diversos tumores.
    A proliferação vascular gerando uma rede de capilares com paredes endoteliais fragmentadas em meio a um tecido formado por células neoplásicas com baixa adesividade entre si representa um fator favorecedor à penetração e migração celular através da corrente sanguínea. Além disto, existem evidências de que a capacidade destas células neoplásicas de liberar fatores angiogênicos contribui para a formação de metástases através da ativação de plasminogênio e colagenases contribuindo para a degradação da membrana basal endotelial.

Valor Prognóstico da Análise Angiogênica dos Tumores
A partir das evidências mencionadas acima, observa-se hoje uma grande atividade de pesquisa buscando relacionar a presença de fatores angiogenicos no tecido tumoral e seu prognóstico. Este exame, realizado na maior parte dos casos através de imunohistoquímica para a demonstração de proteínas como a VEGF e bFGF, pode ser realizado de forma rotineira em laboratórios de anatomia patológica e apresenta, segundo muitos relatos, um elevado valor prognóstico.
    No que diz respeito ao câncer colorretal, dispomos hoje de fortes evidências de que os níveis tissulares e séricos de VEGF apresentam uma significativa correlação com os diferentes aspectos clínico-patológicos tumorais, como o tamanho da lesão, presença de invasão vascular, presença de metástases linfonodais, diferenciação tumoral e, em especial, com o prognóstico do paciente observado através de taxas de sobrevida após o tratamento.
    Além disto, diversos estudos tem demonstrado que a determinação dos níveis séricos de VEGF pode ser utilizada como um importante marcador tumoral, apresentando uma sensibilidade diagnóstica superior à dosagem do antígeno carcinoembrionico (CEA), incluindo um valor prognóstico pré-operatório e uma forte correlação com o estado tumoral pós-operatório ou de acordo com a resposta à terapia adjuvante.
    Em relação à COX-2, sua utilização como marcador prognóstico no câncer colorretal, os resultados são ainda tema de controvérsia. Embora os resultados obtidos em pesquisas nesta área sejam ainda conflitantes, parece consenso na literatura que a expressão desta proteína COX-2 está relacionada à angiogênese e progressão da doença, sendo sua inibição hoje um dos principios já utilizados na prática clínica como elemento repressor da atividade proliferativa da mucosa em pacientes portadores de polipose adenomatosa familiar.

Aplicações Terapêuticas Anti-Angiogênicas
A elevada consistência dos conhecimentos acumulados até o momento sobre a importância da angiogênese como fator primordial no desenvolvimento tumoral levou à conseqüente proposição de uma estratégia terapêutica anti-neoplásica baseada no desenvolvimento de medicamentos capazes de inibi-la, proporcionando uma redução do crescimento tumoral.
    Diversas substâncias têm sido demonstradas como possíveis antagonistas à angiogênese, atuando sobre as várias moléculas que atuam como seus mediadores. Existem claras evidências, já há alguns anos, de que os inibidores da COX-2 como o celecoxibe e o rofecoxibe 20 possuem ação inibidora do desenvolvimento de pólipos em pacientes portadores de poliposes adenomatosas quando utilizados em doses elevadas e por prazos prolongados.
    Outros estudos têm demonstrado resultados encorajadores através do uso da angiostatina e endostatina como bloqueadores da angiogênese e conseqüente redução do crescimento tumoral. Embora ainda em sua maioria na fase experimental, estes estudos têm ainda reforçado uma interessante hipótese formulada por Folkman, através da qual tumores primários, ao produzir estes fatores, poderiam contribuir para a inibição do desenvolvimento de metástases à distância. Desta forma, a ressecção destes tumores iria levar a uma redução dos níveis circulantes de angiostatina e endostatina, causando uma liberação da proliferação celular nos tecidos metastáticos e seu conseqüente crescimento.
    Entretanto, dentre todas estas linhas terapêuticas, podemos hoje destacar o desenvolvimento de um anticorpo monoclonal anti-VEGF como a aplicação clínica mais bem sucedida até o momento. Produzido comercialmente após rápida tramitação pelo órgão de controle americano (FDA), devido a seus resultados positivos bastante consistentes, este medicamento, denominado como Bevacizumab (Avastin ®) é a primeira terapia aprovada com ação específica na inibição da angiogênese tumoral. Utilizada correntemente já na prática clínica, é hoje considerada como droga de primeira linha na quimioterapia do câncer colorretal metastático por apresentar benefícios significativos na sobrevida e intervalo livre de doença quando associada a outros medicamentos como o 5-FU e leucovorin, irinotecan ou oxaliplatina 24-27 .
    Assim sendo, existem fortes evidências de que a determinação dos níveis de VEGF tornar-se-á uma importante ferramenta na caracterização do comportamento biológico tumoral. Além de fornecer uma informação prognóstica para o paciente, este procedimento representa o início de uma nova e revolucionária etapa na história do tratamento oncológico na qual a terapêutica será estabelecida de forma individualizada, baseada na identificação do perfil de proteínas expressas em cada tumor, possibilitando a utilização de medicações específicas mais eficientes e provavelmente menos tóxicas.

SUMMARY: Recent advances in molecular biology have contributed to a better understanding of mechanisms of carcinogenesis. Angiogenesis has been reported as a crucial process by the development of new tumour endothelial vessels with consequent proliferative stimulus mediated by expression of several proteins such as basic fibroblast growth factor (bFGF), ciclo-oxigenase-2 (COX-2) and vascular endothelial growth factor (VEGF). Several studies have demonstrated a significant correlation between tissue and serum levels of these proteins and clinical-pathological aspects in several tumours, including colorectal cancer. Inhibition of these molecules has been suggested as an anti-angiogenic therapy, which is undertaken by development of drugs based on monoclonal antibodies, such as bevacizumab. Clinical studies regarding the use of these drugs have shown very encouraging results, with significant benefit in tumour response and patients survival.

Key words: Colorectal cancer, angiogenesis, molecular biology

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Endereço para correspondência:
MAURO PINHO
Rua Palmares 380
Joinville, Santa Catarina
Cep. 89203-230

Trabalho realizado pelo Departamento de Cirurgia do Hospital Municipal São José, Joinville, Disciplina de Clínica do Departamento de Medicina da UNIVILLE

Recebido em 08/12/2005
Aceito para publicação em 15/12/2005