ARTIGOS ORIGINAIS
ESTUDO HISTOMORFOMÉTRICO DE ANASTOMOSES PRIMÁRIAS DE CÓLON EM COELHOS, COM E SEM PREPARO INTESTINAL
Histomorfometric Analysis of Colonic Anastomosis in Rabbits With and Without Intestinal Preparation
JUVENAL DA ROCHA TORRES NETO 1, RICARDO FAKHOURI 2, MARCEL VINÍCIUS DE AGUIAR MENEZES 3, JOSEANE SILVA SANTOS4, ANA CAROLINA LISBÔA PRUDENTE 5, JOÃO TIAGO SILVA MONTEIRO 6, VERA LÚCIA CORRÊA FEITOSA 7
1.Professor Adjunto do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Coloproctologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe; 2. Professor Adjunto do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Patologista do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe; 3. Médico-residente em Cirurgia Geral do Hospital Santo Antônio e obras Sociais Irmã Dulce. Salvador-Bahia; 4. Acadêmica de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Aracaju - Sergipe; 5. Médica-residente em Coloproctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe; 6. Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Aracaju - Sergipe; 7. Professora Adjunta do Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe. Bióloga do Departamento de Morfologia da Universidade Federal de Sergipe.
RESUMO: O preparo intestinal é muito utilizado em cirurgias do cólon. A LIATO (lavagem intestinal anterógrada trans-operatória) promove limpeza do cólon, conferindo incremento de tempo ao ato cirúrgico e maior risco de infecção pela maior manipulação do conteúdo intestinal .Este estudo compara confecção de anastomoses colônicas com e sem preparo intestinal, pela análise histomorfométrica. Foram submetidos à cirurgia 30 coelhos divididos em 2 grupos: grupo 1, controle e grupo 2, que submeteu-se a LIATO, e comparados os seus resultados. A presença de infiltrado inflamatório agudo teve média discretamente maior nas anastomoses do grupo 2. Infiltrado inflamatório crônico obteve média de 1,9 nas anastomoses do grupo 2 e de 2,1 nas sem preparo. Necrose esteve presente em 15,7% dos casos onde se realizou LIATO contra 13,5% no grupo sem preparo. Calcificações foram encontradas em 43% das anastomoses com preparo e em 30% das sem preparo. Observou-se maior quantidade de colágeno nas anastomoses feitas com a lavagem intestinal. O padrão entrelaçado das fibras colágenas foi observado em 86% das anastomoses do grupo 2 e 70% no 1. Estudo estatístico foi realizado com programa Prism® 4 para p<0,05. Neste estudo que a LIATO apresenta melhor padrão de cruzamento e concentração de fibras colágenas, resultando possivelmente em melhor cicatrização.
Descritores: Anastomose, intestinal, LIATO, cicatrização, colágeno.
INTRODUÇÃO
O preparo intestinal é ainda considerado
uma etapa essencial nas cirurgias colo-retais com
ressecção e anastomose.
Em cirurgia de urgência, pode optar-se por
lavagem intestinal anterógrada trans-operatória
(LIATO) antes de realizar as anastomoses colônicas, no
entanto, envolve aumento do tempo operatório, do risco
de contaminação da cavidade abdominal com fezes
durante a lavagem e do risco de infecção
(1,2,3,4).
Trabalhos mostram bons resultados de anastomoses e suturas realizadas com urgência sem
a limpeza do intestino grosso, encorajando pesquisas
científicas no sentido de suprimir essa etapa em
cirurgias eletivas (5,6,7,8).
A cicatrização das anastomoses realizadas no
tubo digestivo representa preocupação constante devido a
um risco relativamente alto de deiscência, o que resulta
em alta morbidade e pode culminar na morte do paciente
(9).
Com este estudo pretendemos averiguar a influência do preparo intestinal sobre a
anastomose colônica através da análise histomorfométrica, que
consiste na observação do padrão inflamatório (agudo
e crônico), presença de necrose e de calcificação,
distribuição e quantidade das fibras colágenas. A
reação inflamatória tem importância na cicatrização como
demonstram diversos trabalhos, pois compreende uma seqüência de eventos que culminam em
cicatrização ou cronificação do processo
(9). A necrose e a calcificação são complicações advindas desse
processo inflamatório exacerbado, e têm relação com
áreas de isquemia transitória decorrente de uma
manipulação maior da parede intestinal. Já o colágeno é a
peça principal da cicatrização, e sabe-se que uma maior
quantidade e um maior grau de entrelaçamento de suas
fibras são responsáveis por manter a força de tensão
da anastomose (10).
CASUÍTICA E MÉTODOS
Foram utilizados 30 coelhos da raça Nova Zelândia com peso entre 2,0 e 3,0kg, submetidos a
tratamento cirúrgico no Laboratório de Cirurgia
experimental do Hospital Universitário da Universidade
Federal de Sergipe, no período de agosto de 2004 a
julho de 2005. Formaram-se dois grupos de forma
aleatória, sem o conhecimento da equipe cirúrgica: grupo 1
(estudo), com 15 animais submetidos à ressecção
e anastomose primária sem preparo do cólon, e grupo
2 (controle), com 15 animais submetidos à mesma
cirurgia com LIATO.
Em todos os animais, realizou-se anestesia com associação das drogas: ketamina e cloridrato de
xilazina. Posteriormente, foi realizada infiltração local
com lidocaína a 1% com vasoconstrictor.
O primeiro tempo cirúrgico consistiu de
abertura por planos e ressecção de um segmento do
cólon a cinco centímetros da referência anatômica
(terceiro giro do ceco) em ambos os grupos. No grupo 1,
após ordenha manual das fezes, e no grupo 2, após a
LIATO, era confeccionada a anastomose primária, plano
único, total, com fio inabsorvível monofilamentar. O
segundo tempo foi realizado no sétimo dia de pós-
operatório, no qual foi realizada ressecção de um
segmento da anastomose colônica para análise histomorfométrica.
Para cada segmento foram confeccionadas
três lâminas histológicas, coradas pelas técnicas
de hematoxilina-eosina (HE), picrosirius red e
tricrômico de Masson. A avaliação histopatológica
e histomorfométrica foi realizada através de
microscopia óptica convencional e de luz polarizada. A análise
do infiltrado inflamatório com quantificação diferencial
das células bem como a avaliação de necrose e
calcificação foi realizada nos cortes corados pela técnica de HE e
a análise da fibrose, com quantificação e observação
do grau de entrelaçamento das fibras do colágeno, foi
realizada nos cortes corados por tricrômico de Masson
e picrossirius red. A quantificação dos elementos
celulares foi realizada por campos de média
magnificação (100 aumentos) e do colágeno por campos de
grande magnificação (400 aumentos).
Quanto à quantidade de colágeno,
atribuiu-se nota zero (0) às anastomoses em que o colágeno
foi desprezível; um (1) para presença de colágeno em
pequenas quantidades; dois (2), em moderada
quantidade e, três (3), quando encontrou-se grande
quantidade de colágeno. No tocante à distribuição das
fibras colágenas, observou-se dois padrões estruturais
distintos: fibras em paralelo ou entrelaçadas.
Considera-se que o entrelaçamento de fibras atribui uma maior
força de tensão (resistência) no segmento em questão.
O infiltrado inflamatório foi avaliado de
forma semi-quantitativa conforme os seguintes
parâmetros: nota zero (0) para ausência do infiltrado
inflamatório; um (1) para infiltrado leve; dois (2), moderado e
três (3) pela presença de infiltrado inflamatório intenso.
A necrose e a calcificação foram quantificadas em
termos percentuais em relação à área de infiltrado
inflamatório peri-anastomose.
A análise estatística foi realizada com o
auxílio do software Prism® 4, com intervalo de confiança de
95%, considerando que a p é significativa se <0,05.
Aplicou-se o teste de qui-quadrado para variáveis qualitativas
(utilizando o teste de Fisher exato quando > 20% das casas
da tabela 2x2 têm uma freqüência esperada <5), a prova
"t" de student para variáveis qualitativas com
distribuição normal e a prova de Mann-Whitney para variáveis
qualitativas cuja distribuição não é normal.
RESULTADOS
De acordo com o padrão estabelecido
neste estudo, A presença de infiltrado inflamatório do
tipo agudo (Figura-1) teve média de 1,6 nas
anastomoses com LIATO. e de 1,4 nas sem preparo. Já a
presença de infiltrado inflamatório do tipo crônico teve média
de 1,9 nas anastomoses com LIATO e de 2,1 nas sem preparo. Para ambos os parâmentros o P foi maior
que 0,05 (Gráfico 1).
Figura 1 - Infiltrado inflamatório de moderada intensidade
com lesão tecidual focal nas anastomoses com LIATO (HE, 100X). |
Gráfico 1 - Grau de infiltração inflamatória aguda e crônica, com e sem LIATO. |
A porcentagem de necrose (Figura. 2) nas cirurgias com LIATO foi de 15,7% contra 13,5%
nas sem preparo. A presença de calcificações foi
evidenciada em 43% das anastomoses com LIATO
contra 30% nas sem preparo, com P>0,05 (Gráfico 2).
Figura 2 - Fibrose moderada a intensa peri-anastomose
sem LIATO. Presença de foco de necrose no centro da
anastomose (Tricromo de Masson, 40X). |
Gráfico 2 - Porcentagem de necrose e calcificação nas
anastomoses com e sem LIATO. |
Também com base nos valores
padronizados em nosso estudo, observou-se uma maior
concentração de colágeno em anastomoses feitas com
LIATO, com uma média de 2,6. Nas anastomoses
realizadas sem preparo a média para foi de 2,1 (Figura 3,
Gráfico 3). A incidência de padrão entrelaçado foi vista em
86% das anastomoses do grupo com LIATO, enquanto
que no outro grupo este percentual foi de 70%
(Figura.3, gráfico 4). Em nenhum dos parâmetros analisados
houve diferença estatística significativa entre os dois
grupos (p>0,05).
Figura 3 - Fibras conjuntivas colágenas em anastomose com LIATO (A) mostrando média densidade e distribuição pouco entrelaçada
e sem LIATO (B) mostrando grande densidade e distribuição acentuadamente entrelaçada (Picrossirus red, 400X). |
Gráfico 3 - Concentração de colágeno. |
Gráfico 4 - Grau de entrelaçamento das fibras colágenas. |
DISCUSSÃO
Vazamentos de anastomoses continuam a ser uma importante complicação na cirurgia colo-retal,
resultando num aumento de morbidade e mortalidade.
A despeito de melhoras nas técnicas cirúrgicas,
existe ainda uma incidência de deiscência anastomótica
superior a 15% em várias séries
(11).
Existe discussão sobre como confeccionar
uma anastomose: plano único ou dois planos, sutura
contínua ou com pontos separados e o melhor fio a ser
utilizado. Neste estudo optamos pela sutura contínua,
em plano único, para a confecção das
anastomoses colônicas. Este é um método simples, rápido e
econômico, promovendo impermeabilidade e pouca
reação inflamatória tecidual, sendo tão seguro quanto a
sutura com pontos separados. Os fios monofilamentares
são preferíveis aos multifilamentares, pois estes
últimos favorecem o surgimento de infecções, acentuando
a reação inflamatória (12,
13).
Estudos recentes vêm demonstrando o valor do conhecimento mais amplo e aprofundado do
processo de cicatrização de feridas. Os
parâmetros histológicos são muito úteis na descrição do processo
e do resultado cicatricial. Eles foram escolhidos
para avaliar os resultados deste estudo por serem
precisos e facilmente quantificáveis. Através deles pode-se
analisar a reação inflamatória tanto aguda como
crônica, os graus de necrose e de calcificação, que estão
relacionados com uma reação inflamatória
exacerbada, e inferir a força da anastomose pela concentração e
padrão de cruzamento das fibras colágenas
(14).
A fase inflamatória é a inicial da
cicatrização, e é vital para o processo de reparação. Sem
inflamação não há reparação
(15). A inflamação é
fundamentalmente um mecanismo de defesa
(10) e de promoção da cicatrização
(10), entretanto, pode ser potencialmente prejudicial ao tecido, quando exacerbada. Ela leva
a alterações importantes no processo cicatricial do
intestino, resultando em cicatrizes com menor
resistência e com menores quantidades de fibras
colágenas quanto maior for o tempo e a intensidade da
exposição do tecido aos mediadores inflamatórios
(9,10). Isso se deve ao fato de que a inflamação excessiva aumenta
a atividade da colagenase, compromete a
microcirculação e a proliferação de fibroblastos contribuindo
para deiscência de anastomoses
(9,16).
Coradas pela técnica de
hematoxilina-eosina, as lâminas deste estudo foram avaliadas por
parâmetros histológicos clássicos; para a fase aguda e para a
avançada. As anastomoses com LIATO
apresentaram infiltrado inflamatório do tipo agudo mais incidente
e infiltrado inflamatório do tipo crônico menos
incidente, demonstrando que a limpeza do cólon diminuiu a
resposta inflamatória exacerbada conferindo cicatrizes
com menor sofrimento devido à menor agressão.
Complicações advindas do processo
inflamatório exacerbado (notados pela maior incidência
de calcificações e necrose) resultam em maior
agressão tecidual. A necrose é a manifestação final de uma
célula que sofreu lesões
irreversíveis, caracterizando a morte
celular17. Encontramos uma porcentagem
maior de necrose e de calcificação no grupo submetido
à LIATO apesar da reação inflamatória ter sido
maior no grupo sem preparo. O maior tempo cirúrgico e
a maior manipulação empregada no preparo
intestinal intra-operatório podem ter provocado aumento
da necrose nestes casos, já que a manipulação da
parede intestinal leva a uma isquemia transitória que
resulta em necrose e calcificação. No entanto, é
necessário estudo subseqüente para maior avaliação
destes parâmetros.
Sabe-se que a síntese do colágeno está
diretamente ligada ao processo inflamatório. O
colágeno é uma molécula vital em qualquer situação de
reparo, sendo um dos fatores que mais contribuem
na força e na integridade de todos tecidos agindo
como base de sustentação dos mesmos. Distúrbios
na matriz extracelular e da textura do colágeno
desempenham papel importante na patogênese
da deiscência anastomótica das cirurgias colo-retais
(18). No trato gastrintestinal, ele está localizado
principalmente na submucosa (14). Para que se
mantenha a resistência mecânica da parede intestinal é
necessário que ocorra um equilíbrio no processo de lise
e de síntese do colágeno, fato este que ocorre na
parede do intestino normal (14). A
proliferação fibroblástica e endotelial dá origem ao tecido
de granulação. A síntese de colágeno pela ação
dos fibroblastos, é mais intensa em torno do quinto
ao sétimo dia de pós-operatório. A força de tensão
da ferida aumenta com a formação de fibras
colágenas e a adesão destas fibras entre si atinge o
máximo entre o décimo quarto e o décimo sexto dia de
pós-operatório (10). Em função disso, realizamos a
eutanásia dos coelhos no 7º dia pós-operatório para
a análise histomorfométrica, no ponto crítico da
confecção das anastomoses intestinais. Apesar de
após o 7º dia aumentar a força tênsil da cicatriz
optamos por não aguardar um maior tempo, por risco de
morte por complicação dos animais de estudo. No
nosso trabalho observamos que nas anastomoses
realizadas com preparo havia maior concentração
de colágeno que naquelas realizadas sem preparo,
embora essa diferença não tenha sido
estatisticamente significante demonstra uma tendência de
as anastomoses com prévio preparo intestinal
apresentarem melhor padrão de cicatrização.
A distribuição irregular (padrão de
cruzamentos) das fibras colágenas aumenta o contato entre
elas, promovendo maior resistência tênsil, conferindo
maior segurança às anastomoses e conseqüentemente
melhores resultados (19). Existem estudos mais
pormenorizados sobre o colágeno e a cicatrização
das anastomoses, atribuindo-se uma maior importância
ao colágeno tipo I e III para a qualidade tissular da
parede intestinal levando a uma menor incidência de
deiscência. No entanto, não realizamos tal diferenciação no
presente estudo, o que poderemos realizar em futuros
trabalhos. Utilizamos as colorações tricrômico de
Masson e Picrosirius para análise da concentração e
disposição de colágeno, métodos específicos para
detecção do colágeno
(20). A técnica do picrossirius red
permite, além da quantificação do colágeno, analisar através
da luz polarizada o padrão de disposição das
fibras colágenas, avaliando seu arranjo arquitetural
(entrelaçamento de fibras colágenas). Observamos que
nas cirurgias realizadas com preparo, além da maior
concentração de colágeno, havia um maior
entrelaçamento de suas fibras. Novamente, demonstrando um
melhor padrão cicatricial das anastomoses intestinais
realizadas com preparo por maior adesão das
fibras colágenas e, conseqüentemente maior resistência
da sutura.
Apesar de os resultados deste estudo não
terem apresentado significância estatística, eles
sugerem que as anastomoses intestinais realizadas com
preparo prévio apresentam maior segurança devido a
menor infiltrado inflamatório crônico, maior concentração
de colágeno e melhor padrão de entrelaçamento de
suas fibras.
CONCLUSÃO
Através do estudo histomorfométrico
das anastomoses intestinais com e sem preparo de
cólon em coelhos, concluiu-se:
1. O infiltrado inflamatório do tipo agudo
mais incidente e o infiltrado inflamatório do tipo crônico
menos incidente nas anastomoses com LIATO
demonstraram que a limpeza do cólon diminuiu a resposta
inflamatória exacerbada tendendo a apresentar melhor
padrão de cicatrização.
2. A presença de necrose e de
calcificação pouco contribuiu para diferenças entre os grupos;
3. A realização da LIATO influencia
positivamente no que diz respeito ao padrão de
entrecruzamento das fibras colágenas, além de possibilitar maior
concentração desta proteína nas áreas de reparo.
Sugere-se, dessa forma, que o preparo de
cólon traz maior segurança ao se confeccionar
anastomose intestinal.
ABSTRACT: Colon laudering is used in many colon surgeries. The LIATO, that promotes cleanness of colon, demonstrates an increase of the surgical time and increase risk of infection. This study compares colonic anastomosis with and without preparation, through histomorfometric analysis. 30 rabbits were submitted to the surgery treatment and had been evaluated and divided in groups: group 1 (control) and group 2 (LIATO). Carried through statistical study with the program Prism® 4 for p< 5%. The analisis found acute inflammatory infiltrated with discrete bigger average in the anastomoses of group 2. Chronic inflammatory infiltrated with average of 1,9 in the anastomoses of group 2 and of 2,1 in the ones without preparation. Necrosis in 15,7% in the LIATO against 13,5% in the group without preparation. Calcium deposit in 43% of the anastomoses with preparation and in 30%, of the ones without preparation. Bigger colágen concentration were met in the anastomoses made with the intestinal laudering. Incidence of interlaced colagen fibres was observed in 86% of the anastomoses of the searched one and in 70% in the control group. We conclude that the LIATO presents better incidence of interlaced colagen fibres and fibre concentration resulting in better anastomosis.
Key words: Anastomose, bowel, LIATO, healing, collagen.
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Endereço para correspondência:
Joseane Silva Santos
Rua Silvio Romero, 302
Bairro Santo Antônio, Aracaju - SE
49060-630
Tel.: (79) 8107-9282 / 3215-3857
E-mail: joseane_ane@hotmail.com
Recebido em 14/08/2007
Aceito para publicação em 04/10/2007
Trabalho realizado no Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe.